A espuma acústica é um material que diminui a reflexão do som entre superfícies. Com isso, pode proporcionar maior conforto acústico no ambiente por reduzir o tempo de reverberação.

O mercado oferece uma grande variedade de espumas acústicas e é compreensível se questionar qual é a melhor. Existem espumas de poliuretano, que recebem aditivos para retardar o alastramento do fogo. Outras espumas de melamina têm baixíssimos índices de produção de fumaça tóxica.

Continue a leitura para conferir as mais adequadas para cada caso. 

Qual espuma acústica é indicada?

A escolha depende de alguns fatores:

• Tempo de reverberação;
• O local (número de pessoas, mobiliário e disposição dos objetos);

• Coeficiente de absorção específico para cada  faixa de frequência;

O ideal é que o local, um estúdio por exemplo, possua materiais diferentes distribuídos para garantir uma boa absorção, qualidade sonora e estética ao ambiente. 

A posição também é  fundamental para evitar reflexões que podem degradar a qualidade da audição.

Tipos de espuma acústica

• Modelos ondulados

Materiais desta categoria comumente variam em geometria, ou seja, apresentam formas diferentes. Contudo, em sua maioria possuem bordas perfiladas de 30 ou 45 graus e desenho em relevo. 

Espumas acústicas onduladas de alta espessura são altamente eficientes para eliminar o eco. Contudo, o som pode ficar sem muita definição. 

• Modelos lisos

Como o próprio nome sugere, o material possui o chanfro igual ao ondulado, mas não possui geometria, sendo totalmente liso. 

• Modelos com acabamento em tecido

Esse tipo contém espuma acústica de 20mm ou lã de rocha ou vidro de 50mm. Possuem a capacidade de proporcionar um acabamento excelente, bem como uma absorção de som muito semelhante ao dos modelos lisos. 

Em linhas gerais são aplicados em paredes, já que a instalação no teto é difícil pela grande extensão. No mercado também é possível encontrá-los somente em cores específicas.

Modelos com acabamento em tecido são comuns em:

• Salas de reuniões;
• Auditórios:
• Estúdios de gravação:
• Estúdios de rádio,
• Home Theater; 

Neste caso, perfis de fixação no perímetro são necessários para garantir a aplicação correta e que conforme obstáculos como janelas e portas.

Diferença acústica entre os modelos

Em geral, estúdios de gravação utilizam espumas onduladas em diversas cores diferentes. 

Já em locais como salas de máquinas, geradores e sistemas de ar condicionado, onde a estética não é uma preocupação, as espumas onduladas são mais utilizadas na cor natural do grafite.

No entanto, é importante destacar que as espumas onduladas apresentam uma capacidade de absorção sonora superior às espumas lisas, especialmente quando sua espessura é inferior a 30mm. Acima dessa espessura, ambas oferecem uma capacidade de absorção semelhante.

Ambientes onde a estética é tão importante quanto a acústica, como restaurantes, igrejas, salas de reuniões, e escritórios, podem utilizar modelos lisos.

Nesses casos, as espumas lisas podem ser encontradas em diversas cores, contribuindo para a criação de um ambiente visualmente atrativo.

Diferença entre as espessuras

As espumas acústicas possuem diferentes espessuras, variando de 20 a 75mm. 

Espessuras menores que 20mm não possuem um poder de absorção significativo para eliminar a reverberação.

Para ambientes com necessidade de pouca absorção, as espumas mais finas, como as de 20mm e 25mm, são uma boa opção. Enquanto as mais espessas, como as de 35mm ou 45mm, absorvem reflexões de som no teto de qualquer ambiente.

Em locais como igrejas, restaurantes, auditórios e salas de reunião, o uso de modelos lisos no teto pode ser eficaz na eliminação da reverberação. 

Espumas com mais de 50mm de espessura são modelos ondulados, mais baratos e com um excelente poder de absorção. Casas de máquinas com equipamentos ruidosos podem se beneficiar desse tipo.

As espumas com 75mm de espessura são muito espessas e geralmente utilizadas em locais que requerem muita absorção sonora.

No entanto, deve-se tomar cuidado para não exagerar na quantidade de revestimento, pois pode deixar o ambiente “surdo” acusticamente ou resultar em reverberação se houver pouca absorção.

Além disso, é importante utilizar espumas com classificação de queima autoextinguível e nunca utilizar espumas de colchão ou similares, que são inflamáveis e podem causar grandes danos em caso de incêndio.

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